A reportagem especial traz a trajetória do reconhecido músico ji-paranaense Hemerson Milani, 22 anos.
Na entrevista concedida ao jornalista Hudson Calandrelli, ele destaca o seu incrível caminho na música desde que iniciou aos 12 anos de idade no Projeto Social Orquestra em Ação.
Hemerson atualmente é professor no projeto e toca profissionalmente violino, guitarra e violão. Confira abaixo trechos da entrevista.
Você iniciou no Projeto Orquestra em Ação como aluno e muito novo. Hoje você é um músico profissional reconhecido em Ji-Paraná e professor na instituição social. Quando iniciou o seu desejo pela música e como você explica essa linda trajetória de aluno a professor?
Sim, tive meu ingresso no projeto aos 12 anos, inicialmente já entrei com vontade obter mais conhecimentos sobre a música, já que naquele momento eu possuía uma leve noção de violão, porém desde pequeno tinha despertado o interesse por tocar quando via os comerciais e programas de Tv com vários artistas. Lembro ainda que o ponto mais marcante pelo desejo, foi quando fui à uma casa de amigos dos meus pais, e lá havia uma roda de cantigas, e como nunca havia visto nenhum instrumento musical sendo executado ao vivo, me encantei imediatamente.
Sobre a trajetória de aluno à professor, posso destacar que foi um processo muito natural, pois sempre estive presente com ótimos profissionais que inclusive alguns destes foram meus professores. Desse modo, a busca do aprimoramento musical propicia vários debates em relação aos assuntos estudados, assim sendo, pude perceber que a figura de estudante e professor caminha lado a lado no desenvolvimento musical. Ainda nessa concepção, no estudo da música e em qualquer área, se faz necessário que se tenha referências de reconhecimento, tanto nacional e internacional, então percebi que a maioria dos grandes músicos, lecionavam e repassavam o conhecimento adquirido ao longo dos anos, pois segundo alguns deles destacavam que só se aperfeiçoa de verdade o lado musical quando se ensina o que sabe.
Cabe destacar, que a arte não é uma área do conhecimento que se faz só, necessitamos sempre fazer correntes de parcerias para a propagar, independentemente do foco, o mercado musical necessita de boas relações, caráter e vontade das pessoas realmente fazerem a diferença, ainda mais quando lecionamos, de certa forma deixamos semeado um legado, e se faz de suma importância que esse legado seja de perspectivas positivas.
Quais são as suas referências musicais?
É uma pergunta curta, mas de mesma forma ampla. Quando se fala de referências nos direcionamos à grandes ícones, que são de grande relevância para o desenvolvimento de qualquer músico e artista.
Creio que as primeiras referências de qualquer estudante, são os próprios professores e colegas que nos inspiram a tocar e nos direcionam nesse caminho da música, não irei citar nomes, pois já tive e tenho contato com vários e seria na minha concepção ingratidão não citar todos os nomes.
Já no universo business, tenho vários, desde da minha área instrumental ao canto, dessa forma destaco o Ney quiñonero e Roger Franco, que são grandes guitarristas brasileiros e que moraram muitos anos no nosso estado, e com eles pude perceber que é possível um músico da região ser reconhecido nacionalmente, junto enfatizo o Fernando Zor, que é Ji-Paranaense que faz parte de uma das duplas mais famosas da atualidade, nesse me referencio pela luta e força de luta pelos sonhos. Assim têm inúmeros como André Matos, Kiko Loureiro, Edu Ardanuy, David Garrett, Guns N’ Roses, Led Zeppelin, Queen, Scorpions, Iron Maiden, Angra, Joshua Bell, Edson e Hudson, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Bon Jovi, Djavan entre outros, como é notório nos nomes, sou um músico bem eclético, ou seja, tento escutar de tudo.
O que a música representa para você?
A música sempre foi capaz de registrar acontecimentos e características de épocas remotas, até mesmo antes da escrita, acredito que a música seja a maneira mais pura de se expressar, pois a organização do som é capaz de prover interpretações que as próprias palavras não capazes de representar. A música possui a força de unir as pessoas independentemente do idioma, raça, cor e classe social.
Quais são os seus projetos e sonhos neste fascinante mundo da música?
É difícil responder, todos os músicos possuem sonhos e alguns aos olhos de pessoas pessimistas, podem parecerem “loucos” e inalcançáveis. Pretendo me especializar nas minhas áreas instrumentais e conquistar o reconhecimento via artística e acadêmica também, possuo vontade de lecionar em universidades e intuições conhecidas.
A longo prazo pretendo também fazer parcerias com produtores, músicos e artistas de reconhecimento nacional para que eu possa ingressar nesse mercado, quem sabe como instrumentista ou até mesmo como cantor, caso essa habilidade floresça. Projetos em bandas também são viáveis, e assessoria de produção de artistas, ou seja, tudo que envolva esse universo gigantesco.
Deseja deixar agradecimentos?
Claro, em qualquer início de carreira, as pessoas mais importantes são as que incentivam e nos deixam motivados, dessa forma família, amigos, professores são fundamentais para o desenvolvimento. Assim sendo, deixo minhas considerações aos antigos professores, a própria orquestra que tem possibilitado à várias pessoas oportunidades de estudar música com qualidade, aos meus pais que sempre me incentivaram e me apoiaram, aos amigos de banda e que a música possibilita. Também deixo meu agradecimento ao Hudson Calandrelli, por direcionar essa entrevista e sempre dar espaço em sua mídia de comunicação, esses momentos são muito importantes para divulgação, reflexão, e organização de nossas vidas.
Fonte: Hudson Calandrelli